Artigo
05 dez. 2014
Começa hoje a 1ª Maratona de Negócios Sociais em Florianópolis
O Sebrae/SC promove, a partir de hoje, a 1ª Maratona de Negócios Sociais em Florianópolis. Ao todo, 35 empreendedores vão participar do evento que vai até domingo, 7/12, das 12h às 20h, na sede do Sebrae/SC na SC 401.
“O evento é um concurso de três dias, em que os selecionados irão participar de uma maratona de consultorias, capacitação e orientação de mentores especializados no setor. No terceiro dia, 10 empreendedores serão selecionados para apresentar a sua ideia de negócio social para uma banca. Esses julgadores irão escolher os três vencedores da Maratona, explica a Analista Técnica do Sebrae/SC e gestora do evento, Mariana Marrara Vitarelli.
Durante os três dias de evento, nove profissionais especializados vão prestar consultorias sobre finanças, marketing, vendas, gestão, legislação, tributação e tecnologia.
A empresária Lidiane Lemes será uma das participantes da maratona. Ela inscreveu a ideia de negócio social chamada “Imposto Vira Cultura”, que tem como objetivo conectar os projetos culturais com os incentivadores de cultura. “Por meio de uma plataforma online, a ideia é que os incentivadores culturais fiquem sabendo quais projetos de cultura estão ocorrendo nas suas cidades e possam, por meio da Lei Rouanet, dar apoio financeiro a esses projetos”, explica Lidiane. A expectativa de Lidiane sobre o evento é que a orientação dos especialistas ajude na concretização da ideia.
São considerados negócios sociais toda e qualquer empresa que tenha características da iniciativa privada (2º setor), com viés em resultados e geração de lucros, aliadas ao 3º setor, porém com enfoque de sustentabilidade social e/ou ambiental. Por isso, muitas vezes os negócios sociais são chamados de setor 2,5 (dois e meio).
“Um negócio social visa o lucro como qualquer empresa, mas ele foi idealizado com caráter social e contribui para transformar a realidade da comunidade, geralmente carente, onde está inserido. O propósito principal é o de fomentar a melhoria da economia da região, geralmente por meio da participação de membros dessa comunidade”, explica Mariana.
Algumas características são fundamentais para caracterizar um negócio social. A primeira e mais importante delas é que o negócio social precisa causar um impacto positivo na chamada base da pirâmide (Classes C, D e E). Isso pode ocorrer incluindo essas pessoas na cadeia produtiva do negócio ou atendendo-as como clientes.
O impacto social e/ou ambiental precisa se dar pela atividade principal da empresa. Além disso, a empresa deve ser criada a partir da identificação de um problema social que se procura minimizar. “É importante ressaltar que empresas tradicionais, assim como as Ong´s, que apresentam propostas que promovem ações sociais, de responsabilidade social, não são consideradas negócios sociais”, comenta Mariana.