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Empreendedorismo
11 jan. 2016

Que tal um cafezinho?

Você sabia que o Brasil é responsável por um terço do café produzido no mundo? E boa parte dos grãos de qualidade tem se mantido no mercado interno.Isso significa que o brasileiro está procurando pelos grãos especiais, mesmo em tempos de crise. Tanto que o mercado cresceu cerca de 20% nos últimos anos.Para você ter uma ideia, em 2014, o consumo per capita chegou a 6,4 quilos de café torrado - enquanto que, em 2012, esse valor era de 4,98 quilos per capita. Se você quer empreender em meio ao atual momento econômico ou busca formas lucrativas de expandir o seu negócio, aqui está uma grande oportunidade. Vá além do cafezinho, invista em grãos com maior valor agregado. Enquanto um quilo de café commodity é vendido entre R$ 10 e R$ 25, os especiais saem a valores entre R$ 30 e R$ 100. E podem chegar a muito mais em concursos e leilões internacionais.

O consumo de grãos especiais

De todo o café consumido no país, 36% é feito fora do lar, o que estimula não somente o surgimento de novas cafeterias especializadas (já são mais de 3,5 mil espalhadas pelo país), mas a qualificação do serviço da bebida em restaurantes, padarias e outros pontos de venda. Também se percebe nos últimos anos o crescimento do consumo dos cafés em cápsulas: nos últimos 12 meses, elas ganharam mais 50% de mercado. “Mas ainda há muito o que crescer, tendo em vista que esse número ainda representa menos de 1% do consumo total”, afirma o presidente de Associação Brasileira da Indústria do Café, Nathan Herszkowicz.

Capacitação para produzir melhor

Sebrae é parceiro desses agricultores, atuando para capacitar, promover a união entre eles e qualificar os produtos para que conquistem indicações geográficas e certificações como fairtrade, UTZ, Rainforest, que ajudam evidenciar o diferencial dos grãos brasileiros e a atribuir a eles um maior valor de venda. “Resgatamos a história e agregamos inovação ao café nacional e aos grãos especiais que são cultivados dentro do conceito de sustentabilidade”, afirma o gerente de Agronegócio do Sebrae Nacional, Enio Queijada, lembrando que a instituição ajudou a resgatar a produção do café de qualidade superior onde a cultura havia perdido força, como na região das Matas de Minas, cujo grão era tido como de baixa qualidade, mas que vem revertendo esse cenário com apoio do Sebrae.  
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