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Internacionalização
12 jul. 2023

Empreender pensando em internacionalizar

Você conhece o que são as empresas born global e como funciona um processo de internacionalização?

Esse conceito pouco conhecido se refere às empresas que conseguem se internacionalizar desde novas ou quando foram fundadas. Isso permite, como veremos posteriormente, que ela esteja mais bem preparada a imprevistos, desenvolva uma produção em larga escala mais rapidamente e reforce sua marca.

Contudo, o ato de internacionalizar-se requer um planejamento minucioso, de ampla pesquisa sobre os potenciais mercados e consumidores.

Hoje, veremos alguns exemplos de empresas born globals, as vantagens do processo de internacionalização e a importância do planejamento.

Empreender a nível internacional desde sempre

Antes de tudo, vamos conhecer o conceito de born global e algumas empresas brasileiras que são referências no mercado e se encaixam nessa categoria.

Primeiramente, podemos falar da LeatherTec, uma empresa que comercializa tapetes e estofados costurado à mão, além de peles e couros bovinos serigrafados.

Desde seu início a empresa já mirava o mercado internacional, principalmente devido a experiência e contatos de seu fundador no ramo da exportação de couros.

A empresa começou a operar em 2005 no Rio Grande do Sul e, atualmente, mais de 75% de sua produção é exportada.

Seus principais mercados são, sobretudo, Holanda e Estados Unidos, seguidos de participações menores de Alemanha, Argentina, Áustria, Canadá, Espanha, França, Inglaterra e Uruguai.

Em seguida, vejamos a Griaule Biometrics, uma empresa de soluções em biometria, reconhecimento de impressões digitais e identificação civil e criminal para área de segurança.

Ela foi fundada por uma incubadora de empresas da Unicamp em 2002 e em 2005 conquistou seu primeiro cliente internacional.

Atualmente ela exporta para mais de 80 países, utilizando a internet como principal canal, e suas vendas no exterior representam 80% do faturamento.

O que é Born Global?

Em seguida, vamos conhecer as chamadas born global, um conceito essencial para debatermos sobre a internacionalização de empresas.

O conceito foi utilizado pela primeira vez pela McKinsey & Co e utilizado por Michael Rennie em 1993 no livro “Global Competitiveness: Born Global”.

Com a finalidade de explicar o fenômeno de algumas empresas australianas, seu livro partia de uma pesquisa sobre elas. Ele designava pequenas e médias empresas exportadoras de produtos com alto valor agregado, que possuíam um padrão de internacionalização diferente do observado.

Essas empresas não seguiam um processo lento de inserção no mercado internacional, pelo contrário, já nasciam globais. Ou seja, tinham relação com o comércio exterior praticamente desde o início de suas operações.

Anteriormente, outros atores e meios de imprensa – mesmo que não o acadêmico – de negócios já haviam utilizado conceitos distintos para se referir ao mesmo fenômeno.

Contudo, a expressão born global foi a mais utilizada desde então para fazer referência a essas empresas de processos de internacionalização precoces.

Entretanto, devemos informar que, por se tratar de um fenômeno relativamente novo, sua literatura é escassa e ainda não existe um consenso sobre seu conceito.

Ademais, sabemos que com o fim da Guerra Fria e a popularização da Internet, esses negócios aumentaram consideravelmente na década de 90 e início dos anos 2000.

Nesse sentido, as tendências globais de homogeneização dos mercados, os avanços nos transportes e comunicação e a maior qualidade técnica dos colaboradores contribuíram para tal.

Silva mapeou as principais características entre as típicas empresas born globals:

  • Posse de ativos singulares;
  • Maior capacidade de inovação;
  • Estratégias com foco em nichos do mercado global;
  • Marcante orientação ao consumidor;
  • Produto com vantagem competitiva a partir de uma diferenciação;
  • Uso ativo da tecnologia da informação;
  • Forte uso de parcerias;
  • Fundadores com experiência no mercado internacional.

Por que investir em estratégias de internacionalização para o meu negócio?

Vamos conferir, portanto, os principais motivos que levam as empresas a buscarem sua internacionalização.

Antes, porém, precisamos ter claro o que é uma empresa internacionalizada.

Trata-se da empresa que possui vínculos ativos com outros países, por meio de escritórios, centros de distribuição e parcerias, bem como lojas e unidades produtivas.

Como você certamente sabe, essa é uma alternativa para empresários que desejam expandir sua atuação e, consequentemente, sua base de clientes pelo mundo.

Além disso, a internacionalização, em um primeiro momento, aumenta o tamanho e os lucros da empresa através das exportações.

Posteriormente, a expansão da empresa se traduz na abertura de escritórios comerciais e no estabelecimento de plantas produtivas.

A seguir, vamos conferir outros motivos e vantagens desse fenômeno.

Produção em escala

Em primeiro lugar, destacamos a produção em escala.

Esse motivo é tão óbvio quanto parece: conforme a empresa vai conquistando novos mercados, ela precisa adequar sua produção para suprir a demanda dos consumidores.

Em outras palavras, a internacionalização representa uma possibilidade de expansão de mercados, de consumidores e de escala.

Dessa forma, a empresa é quase que “obrigada” a ampliar sua capacidade produtiva. Além disso, a internacionalização também lhe possibilita maior autonomia e independência do negócio.

Outrossim, é inevitável obter um ganho de produtividade.

Isso porque, uma vez que a empresa precisa produzir em maior escala, ela automaticamente buscará formas mais econômicas e produtivas para tal.

Ou seja, essa necessidade de produzir mais a fará olhar com mais atenção para sua planta produtiva e enxergar seus gargalos e oportunidades.

Assim, sua ampliação de escala e de produtividade será mais rápida e mais nítida.

Evita sazonalidade regional

Em segundo lugar, destacamos a redução de prejuízos com a sazonalidade regional.

Só para ilustrar, se sua empresa fabrica produtos para o inverno, as vendas serão potencializadas em um único momento do ano no mercado doméstico.

Entretanto, após o processo de internacionalização, ela terá as condições favoráveis para vendas recordes em dois momentos no ano, contando o mercado do Hemisfério Norte.

Por consequência e empresa também sofrerá menos com os momentos de crises políticas e econômicas no mercado interno.

Isso porque, quando a crise aparecer, ela ainda terá o cenário mais estável em seus mercados externos.

Reforça a marca

Em terceiro lugar, a internacionalização reforça a marca e seu posicionamento.

Uma vez que a empresa está ampliando seus mercados, seu reconhecimento e relevância aumentarão perante o público-alvo no mercado doméstico.

Ademais, o mercado internacional costuma ser mais competitivo e exigente com a qualidade dos produtos.

Dessa maneira, a fim de se consolidar no mercado internacional, a empresa certamente precisará rever e melhorar a qualidade de seus serviços, processos, produtos e atendimentos.

Por conseguinte, esse avanço também será notado no mercado interno, potencializando o valor e a presença da marca em seu país de origem.

Destaque nos mercados de nicho globais

Por fim, não podemos nos esquecer do destaque que a empresa terá nos mercados de nicho globais.

Uma das principais tendências de mercado que vemos atualmente é a segmentação de nichos de produtos, serviços, influenciadores e experiências.

Isso envolve não apenas a criação de produtos destinados a uma pequena parcela da população, mas também o avanço da presença de micro influenciadores.

Cada vez mais as pessoas se aproximam de – e se conectam com – produtos, experiências e pessoas mais próximos de seus valores e crenças.

Por isso, quando uma empresa busca sua internacionalização, ela tem a chance de se consolidar, internacionalmente, no nicho no qual ela já atua no Brasil.

Dessa forma, sua relevância e alcance se expandirão para esses nichos globais.

A importância do planejamento para a internacionalização

Finalmente, vamos entender a importância do planejamento para a internacionalização de empresas.

O “mercado global” é algo muito grande, o que torna imprescindível a realização de uma pesquisa de mercado e de um planejamento minucioso.

Claro, feitos de acordo com os produtos, potencialidades e objetivos da empresa.

O planejamento é o momento ideal para estudar, por exemplo, fatores sociais, políticos, geográficos, econômicos, culturais, tecnológicos e trabalhistas do potencial mercado.

Como resultado, a empresa poderá fazer possíveis ajustes em seus produtos, estabelecer suas estratégias de marketing e se preparar para as burocracias do país estudado.

É o planejamento, ademais, que mitigará os riscos e diminuirá os custos, potencializando o objetivo de se internacionalizar.

Então, nada de pular essa etapa essencial!

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