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Empreendedorismo
05 out. 2022

Como inovar em setores tradicionais do empreendedorismo feminino?

As mulheres foram responsáveis por mais de metade da abertura de novas empresas, 55,5% das novas empresas foram abertas por mulheres segundo estudo do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, produzida pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ). Falamos sobre o panorama do empreendedorismo feminino aqui.

Apesar das empreendedoras serem responsáveis pela maioria das empresas abertas nos últimos anos, a maior parte delas atua em apenas seis áreas de atividades. Um número restrito em comparação aos homens, que contam com uma diversificação de 14 segmentos principais de atuação.

Isso reflete uma característica e também um desafio do empreendedorismo feminino, que é empreender pela falta de oportunidades e pela necessidade de gerar renda e sustentar a família. De acordo com a pesquisa, 82% delas empreendem por necessidade e falta de emprego.

Dessa maneira, o empreendedorismo feminino se concentra em atividades com as quais as mulheres estão mais familiarizadas. Segmentos em que as mulheres têm maior domínio e se sentem mais confortáveis para exercer, como serviços domésticos, alimentação, beleza e moda. Atividades usualmente associadas à baixa inovação e ao baixo valor agregado e que podem acarretar em negócios mais vulneráveis e com menor faturamento.

Exemplos de inovação

Sabemos que a concentração de empreendedoras nessas áreas é fruto de uma desigualdade histórica, mas afinal, como podemos unir inovação e empreendedorismo para agregar valor a esses segmentos?

No empreendedorismo feminino, o poder do exemplo é importante para mudar esse cenário. Por isso, selecionamos alguns casos de inovação em áreas tradicionalmente femininas do empreendedorismo.

Repensar modelo de negócios para alimentos e bebidas

Alimentos e bebidas é um segmento bastante presente no empreendedorismo feminino, 10% das empreendedoras apostam nesse universo. Da média com leite para uma marca que oferece café por assinatura com curadoria e experiência, a empresária Flávia Fiorenza, da Cafeine-me, apostou em um novo modelo de negócios para inovar na sua marca de bebidas.

Formada em direito, ela sentia necessidade de trabalhar com algo mais criativo, onde pudesse colocar em prática suas ideias. A mudança de rota veio com o nascimento da sua filha, a maternidade trouxe autoconhecimento e novos caminhos. Com muita vontade de começar, sem saber ao certo como botar em prática um negócio, ela procurou o Sebrae Delas para ajudar a tirar seu sonho do papel.

Crédito: Sebrae/SC

Com a chegada de cafés especiais no mercado, Flávia descobriu uma paixão e também uma oportunidade. Preparando cafés para os amigos, começou a perceber o interesse deles sobre os grãos que utilizava. “Aquela surpresa que eu tive, as pessoas também tiveram. É tão difícil o acesso ao café especial e a partir dessa vontade de democratizar a bebida, surgiu a ideia de ter um e-commerce desse produto”, conta Flávia.

Com assinatura e vendas avulsas de café, a Cafeine-me oferece uma curadoria de cafés selecionados pela própria Flávia para oferecer uma experiência sempre nova para seus clientes. Hoje, a marca ampliou seus negócios e também trabalha no presencial, com eventos para proporcionar a experiência, a harmonização e o ritual de tomar a bebida.

Outro diferencial da Flávia foi entender exatamente quem era o seu público-alvo. 90% das clientes são mulheres, muitas delas não tinham o hábito de apreciar a bebida, mas com a aposta na oferta de grãos selecionados e em dicas sobre o preparo, ela conseguiu conquistar o mercado de cafés.

Beleza muito além dos padrões

O segmento de beleza, estética e bem-estar é bastante representativo para o empreendedorismo feminino, cerca de 11% dos negócios estão concentrados nessa área. Rose Borba, sócia da Arms Estética junto com suas duas irmãs, apostou em um conceito de beleza mais inclusiva por meio da estética integrativa. O propósito da empresa é potencializar o que há de melhor em cada pessoa, oferecendo bem-estar e auxiliando cada cliente a amar e respeitar seu corpo – conceito alinhado com tendências de comportamento que celebram um corpo mais natural e menos sujeito aos padrões estéticos.

Além disso, a empresa precisou se reinventar ao longo da pandemia: como oferecer um serviço que necessita do contato humano em tempos de isolamento? A solução foi oferecer uma nova prática, o Reiki à distância, em que as sessões podem ocorrer de qualquer lugar e para qualquer local do mundo. A terapia, que auxilia no controle de ansiedade, reduz o estresse, contribui para o relaxamento e melhora do sono, foi o carro chefe da empresa durante o período de distanciamento social.

“Com a pandemia passamos a nos desenvolver muito no ambiente digital. Antes fazíamos praticamente uma postagem mensal. Com a pandemia passamos a postagens diárias, transmitindo cliente a cliente como se desenvolvia o Reiki à distância, quais benefícios, o valor e formas de pagamento”, afirma Rose.

A trajetória dessa empresa de dez anos rendeu bons frutos. Esse ano, Rose foi a terceira colocada na etapa catarinense do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, na categoria Pequenos Negócios. Mas a vontade de crescer e inovar não para por aí. “Estamos abrindo uma filial e nos preparando para termos mais colaboradores e parceiros, com o mesmo propósito de bem-estar. Temos o sonho de em 10 anos abrir nosso spa urbano no norte da ilha”, planeja a empresária.

Novos nichos no segmento de moda

Quando se fala em moda, qual a primeira coisa que vem à cabeça? Desfile na passarela, lojas de shopping, editoriais de revistas? Pois a empresária Fernanda Sant'Ana Furtado, da Turma da Pulga, inovou em levar a confecção para um público bem diferente. De olho no crescente mercado pet, Fernanda apostou na criação de artigos de colchoaria para animais de estimação. “A Felicidade mora em um focinho gelado. Essa foi a inspiração para a criação da minha empresa. Sou apaixonada pelo mundo pet e hoje fabricamos e vendemos caminhas para cachorros e gatos”, afirma.

Fernanda aposta nas redes sociais para impulsionar suas vendas e divulgação. O feed da marca no Instagram conta com mais de 72 mil seguidores e a empresária tem a preocupação de que todos se sintam pertencentes ao universo da Turma da Pulga: “Damos prioridade em divulgar vídeos que tenham áudio e legenda, para que, por exemplo, deficientes auditivos e visuais consigam também ter acesso ao nosso conteúdo”.

A empresa começou em 2013, quando a cachorrinha Malu chegou na vida de Fernanda. Nessa época, em que a empresária estava afastada do emprego por motivo de doença, foi a Malu quem trouxe força e inspiração para ela abrir o próprio negócio. A Turma da Pulga iniciou com o intuito de vender artigos diferenciados para cães e gatos. Essa era uma necessidade pessoal da Fernanda que ela percebeu em outros donos de pet. “Então comecei a comprar e revender alguns artigos, mas não demorou muito até eu pensar em produzir as minhas próprias peças e ideias”, diz a empresária.

A iniciativa deu certo, além de crescer e conquistar seguidores online, Fernanda também foi a segunda colocada na etapa de Santa Catarina do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, categoria microempreendedora individual . Um incentivo a mais para ela continuar criando peças lindas para o mercado pet.

Fortaleça o networking para inovar

O Sebrae Delas Mulher de Negócios apoia e incentiva que mais empresas lideradas por mulheres superem os desafios do empreendedorismo feminino para a formatação de negócios mais inovadores e rentáveis.

Um dos caminhos para transformar essa premissa em realidade é incentivar que mais mulheres contem suas histórias, participem de premiações e dividam suas experiências de negócios de sucesso para inspirar outras mulheres a empreenderem. Uma cadeia de exemplos positivos para fortalecer o networking do empreendedorismo feminino.

Quer se conectar a esse movimento? Acesse o portal.

Vamos crescer juntas?

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