Oportunidades lá fora: como sua pequena empresa pode aproveitar o mercado internacional?
Mirar o mercado internacional tem sido uma alternativa para gerar novas receitas e driblar as oscilações do mercado interno. Com a consolidação do e-commerce, se desfez o mito de que exportação é só para grandes. Vender para o exterior já é uma realidade também entre as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) brasileiras. É o que confirmou a pesquisa “Mercado global na Economia Digital: Oportunidades para Pequenos Negócios”, da FedEx. Entre 600 PMEs entrevistadas, 89% vendem para o exterior usando a internet, faturando R$ 3,5 milhões entre setembro de 2015 e 2016.
Realizada em setembro de 2016, a pesquisa mostra que 55% espera aumentar as exportações nos próximos 12 meses. A expectativa é de um crescimento médio de 27% em vendas. Entre os setores que mais exportam estão os de Produtos Manufaturados (13%), TI e Telecom (12%) e Bens de Consumo (11%). A América Latina tem sido o principal mercado internacional das PMEs brasileiras, conforme a FedEx referência em entregas. Argentina (54%), Chile (37%) e Uruguai (36%) são os países mais compradores. Estados Unidos (34%), Portugal (31%) e Alemanha (26%) são os destinos de destaque fora do continente.
Números como os da pesquisa da FedEx indicam que existe demanda externa por produtos made in Brazil. Mas não é de hoje que vender pela internet para o mercado internacional é um bom negócio para empresas brasileiras. Em 2013, foram R$ 1,5 bilhão em vendas para outros países. Para 2018, a estimativa é chegar a R$ 4 bilhões, conforme o estudo “A Moderna Rota das Especiais”, da PayPal. Para não ficar de fora, quem ainda não está atendendo compradores do exterior precisa de planejamento.
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Prepare-se para conquistar o mercado internacional
Uma das primeiras medidas para investir na venda para o exterior é fazer uma análise de mercado. Estude os concorrentes e busque referências sobre o interesse de produtos semelhantes ao seu nos países que pensa atingir. Para quem vai fazer esta investida no mercado internacional por meio da internet, duas boas notícias: comprar pela internet já é um hábito muito comum na maioria dos países; o e-commerce reduz barreiras burocráticas para exportação e você pode obter incentivos fiscais.
Na hora de avaliar os investimentos, são dois cenários. Quem já tem um e-commerce, mas ainda não atende o mercado internacional, sai na frente. Mas será necessário fazer adaptações para vender para clientes de outros países. Isso inclui traduzir descrições de produtos e informações sobre a empresa e adotar novos procedimentos – como ter parceiros para as entregas de mercadorias em outros países.
Você também deverá analisar e, se for o caso, até trocar a plataforma de pagamento usada no site. Para vender no mercado internacional, você precisa de uma que faça a conversão de moedas e aceite cartões de crédito de diferentes bandeiras. Busque uma plataforma de boa reputação e referência por atender diferentes países para evitar o risco de levar calotes. Veja quais as taxas cobradas e quais as formas de repasse do valor das vendas. Além disso, verifique também quais as políticas antifraude e de segurança de dados.
Se você ainda não tem um comércio eletrônico, deve começar o processo do zero. A vantagem nesse caso é que desde o começo a estruturação do site poderá ter o foco no mercado internacional. Você pode agregar a área de vendas ao site institucional da empresa. Também pode contratar o serviço de desenvolvedoras que possuem lojas online prontas. Será necessário apenas customizá-las com informações da sua empresa e dos produtos à venda. Uma dica para você medir o interesse pelo seu produto é usar plataformas de market place como a do Mercado Livre. Para quem nunca vendeu pela internet, esta pode ser uma fase importante de aprendizado. Serve para conhecer o público e entender a rotina de atender outros países.
Importante: Um site de vendas que não é responsivo, ou seja, que se adapte e funcione corretamente no computador e no celular, tem grandes chances de espantar os clientes. Os números da pesquisa da FedEx reforçam a importância da responsividade. Das empresas entrevistadas, 81% afirmaram ter presença mobile através de aplicativos ou sites responsivos. E do faturamento gerado pelo e-commerce entre setembro de 2015 e 2016, 29% foi gerado por vendas via smartphones.
Divulgação e atendimento
Além de pensar na operação do e-commerce, você também precisa pensar na forma como chegará ao público-alvo. Mais uma vez, a internet pode ajudá-lo na divulgação no mercado internacional. Use as redes sociais, crie ações de marketing de conteúdo em outros idiomas e invista em anúncios online direcionados por região e palavras-chave.
Pense também na formação da sua equipe e nas políticas de atendimento ao consumidor. O que fazer quando chegar um pedido ou uma dúvida de um cliente do exterior? Qual o procedimento em casos de devolução? Seus funcionários estão capacitados para interagir em outro idioma?
Acompanhe o blog do Sebrae/SC para aprender mais sobre mercado internacional. Acesse também o nosso Portal de Atendimento, onde você pode encontrar cursos e outras capacitações que o auxiliarão no desenvolvimento e crescimento do seu negócio.
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