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Finanças
16 set. 2025

Open Finance para pequenas empresas: oportunidades e riscos

O Open Finance é um novo modelo de gestão financeira inspirado no que foi implementado na Inglaterra e que chegou ao Brasil há 5 anos. Nesse modelo, a lógica tradicional de que os bancos são donos dos dados financeiros dos clientes se inverte. Agora, o usuário se torna dono das suas próprias informações financeiras e pode escolher compartilhá-las com as instituições para benefício próprio.

Caso você tenha conta em mais de um banco, já deve ter se deparado com a notificação “Traga seus dados do banco concorrente para cá!”, que se trata de uma ação de Open Finance. Também é possível acessar no aplicativo do banco uma área nomeada como “Open Finance” ou “Compartilhe seus dados”.

Esse modelo foi proposto e regulamentado pelo Banco Central. Todos os dados compartilhados são criptografados durante a transferência, e o usuário compartilha apenas as informações que deseja com a instituição financeira que deseja, podendo encerrar o compartilhamento a qualquer momento. Ou seja, não é um grande banco de dados aberto que qualquer instituição pode acessar para verificar seu histórico financeiro.

A proposta do Open Finance, que inclui pessoas jurídicas, é conseguir melhores condições de crédito, consultar seu saldo em uma única conta e ter acesso a produtos e serviços financeiros personalizados. No entanto, por ser uma solução nova, ainda causa receio. Um relatório deste ano da Ernst & Young (EY) indica que apenas 28% das pessoas que têm contas em bancos no Brasil aderiram ao sistema. Entre as empresas, esse índice é de 3%.


O que é Open Finance?

Open Finance é um sistema em que empresas e pessoas podem compartilhar seus dados financeiros de forma segura e autorizada entre diferentes instituições. Esse modelo é uma evolução do Open Banking, sistema que permite o compartilhamento de dados bancários, como saldo, extratos, histórico de transações e possibilidade de iniciar pagamentos.

O Open Finance é mais amplo e inclui outros produtos financeiros, como seguros, previdência, câmbio, investimentos e cartões de crédito, além de histórico sobre investimentos e câmbio por meio de conexões digitais chamadas APIs, reguladas pelo Banco Central. Ou seja, enquanto o Open Banking olha só para o relacionamento bancário, o Open Finance engloba toda a vida financeira de pessoas e empresas.

Na prática, uma empresa pode centralizar dados de várias contas bancárias em uma única plataforma, tendo uma visão completa do seu fluxo de caixa. Também é possível receber ofertas personalizadas, como crédito com taxas melhores, já que o banco ou fintech terá acesso ao histórico real de movimentações.

Outro exemplo é na gestão financeira: em vez de consultar diferentes bancos para analisar despesas, uma empresa pode usar um único aplicativo de banco conectado ao Open Finance para planejar investimentos, controlar custos e até antecipar recebíveis. Isso gera mais agilidade, economia de tempo e melhores decisões de negócio.

Pequena empreendedora decide abrir dados no Open Finance para investir na empresa e faz operação no notebook.

Quais os benefícios do Open Finance para pequenas empresas?

O Open Finance torna a empresa dona dos seus dados financeiros e permite que, por escolha dela, esses dados sejam compartilhados com outras instituições financeiras, garantindo com isso melhores produtos e serviços. É como se estimulasse o livre mercado, mas apenas com seu consentimento e para as instituições que desejar, sem o risco de ter suas informações disponíveis livremente a qualquer banco cadastrado no sistema de Open Finance (não são todos os bancos que aderiram).

Com isso, as pequenas empresas garantem diversos benefícios, como os que destacamos a seguir.


1. Abertura de crédito mais justa e acessível

O Open Finance facilita o acesso ao crédito com base no histórico real da empresa, e não apenas no escore, ou seja, na pontuação que indica a probabilidade de pagar contas em dia. Com consentimento, bancos e fintechs podem analisar contas, transações e fluxo de caixa em tempo real. Isso permite ofertas mais adequadas, com menor burocracia e taxas mais baixas, muitas vezes com condições personalizadas para a realidade da empresa.


2. Menos burocracia e abertura mais ágil de contas

Sem precisar repetir cadastros ou apresentar muitos documentos, as empresas podem compartilhar suas informações digitais para abrir uma conta ou contratar serviços financeiros em outra instituição.


3. Gestão financeira integrada e eficiente

Ao centralizar dados de diferentes contas, cartões, recebíveis e investimentos num só sistema, o Open Finance melhora o acompanhamento do fluxo de caixa. Isso facilita a integração com sistemas de gestão e dá clareza sobre entradas e saídas financeiras. Você consegue consultar o saldo e as movimentações de todos os bancos em uma só plataforma da sua escolha.


4. Tendência de crédito mais barato

Com todos os dados disponíveis, as instituições competem pela mesma empresa. Essa competição resulta em melhores condições, como juros menores e prazos mais favoráveis.

5. Soluções financeiras personalizadas e completas

Mais do que crédito, o Open Finance abre espaço para soluções como seguros sob medida, investimentos ajustados ao perfil da empresa e antecipação de recebíveis com condições especiais. Essas soluções entregam respostas específicas para cada necessidade da empresa com base nos dados do Open Finance.


Existem riscos ao adotar o Open Finance?

Até então, a operação de Open Finance é segura e o único risco possível é escolher compartilhar os dados da empresa com alguma instituição financeira ou operadora de cartão de crédito não confiável. Contudo, é possível interromper o compartilhamento de dados a qualquer momento e bloquear as informações. Assim, quem decide quando, como e com quem os dados serão compartilhados é sempre o cliente.

O sistema de Open Finance é regulado pelo Banco Central e segue padrões de tecnologia e governança. Os dados trafegam por meio de APIs padronizadas e criptografadas, garantindo que não haja interceptação ou alteração das informações.

A criptografia transforma os dados em códigos ilegíveis durante a transmissão e acessíveis apenas pelas instituições autorizadas e certificadas. Esse processo é semelhante ao que já ocorre em transações via internet banking e Pix.

Além disso, todas as instituições participantes precisam seguir normas de conformidade e passam por monitoramento constante do Banco Central, garantindo que apenas empresas habilitadas possam operar. Isso reduz o risco inicial comentado de escolher uma instituição não segura para compartilhar suas informações.

Empreendedor está no banco e segura celular com cartão de crédito recém adquirido após adota Open Finance na sua empresa

Passo a passo para começar a usar o Open Finance na sua empresa

Agora que você entendeu o que é o Open Finance, as vantagens e por que usar, veja como compartilhar os dados da sua empresa entre instituições bancárias para alcançar seus objetivos financeiros.


1. Defina objetivos e casos de uso

Não compartilhe informações financeiras sem um objetivo específico. Liste os ganhos que você deseja, como facilitar crédito com análise de dados real, comparar tarifas de contas ou cartões e antecipação de recebíveis. É em casos como esses que o Open Finance entrega mais valor para pequenas empresas.

2. Escolha por quais instituições começar

Defina em qual banco você deseja ter a análise de crédito ou qual possui as melhores propostas para compartilhar os dados da sua conta PJ. No aplicativo (ou internet banking) dessas instituições, você encontra a área “Open Finance” e faz o consentimento para trazer dados de outras instituições. Em alguns casos, será necessário abrir uma conta antes; em outros, você pode levar seus dados antes mesmo de abrir a conta.

3. Verifique se as instituições são participantes oficiais

Antes de baixar um novo aplicativo, criar uma conta e se conectar a um banco, cheque no diretório do Open Finance se a instituição é certificada, pois isso garante padrões, segurança e interoperabilidade. O diretório é público e atualizado pela governança do Open Finance Brasil.


4. Conecte suas contas e integre ao seu sistema

Realize o consentimento no aplicativo escolhido e selecione quais dados você deseja compartilhar (ex.: saldos, extratos, cartões) e por quanto tempo. Os dados trafegam por APIs padronizadas definidas pelo Banco Central, o que facilita integrações com ERP de gestão financeira e conciliações automáticas caso deseje integrar.

5. Comece a aproveitar os benefícios do Open Finance

Com o histórico real conectado, bancos e fintechs farão as melhores ofertas. Nesse momento, compare-as e escolha a proposta desejada. Além disso, pelo Open Finance, a ideia do Banco Central é que ainda em 2025 seja implementada a portabilidade de crédito, permitindo trocar o seu financiamento de um banco para outro com melhores condições.

6. Revise periodicamente os consentimentos

Dentro do uso do Open Finance no seu negócio, defina uma frequência, a cada 3 meses, por exemplo, para revisar os consentimentos dados às instituições e verificar se algum deve ser interrompido.

Homem usando smartphone ao lado de um notebook, em ambiente de trabalho moderno, simbolizando tecnologia financeira, open finance e gestão digital de finanças

Facilite a gestão financeira e o acesso a crédito com apoio do Sebrae

O Open Finance pode ser uma grande oportunidade para pequenos negócios. Ao permitir o compartilhamento seguro de informações financeiras, esse sistema oferece mais controle sobre os dados financeiros, amplia a transparência nas relações com bancos e possibilita um acesso a crédito mais justo baseado em todo o histórico da empresa.

E, além do Open Finance, aproveite os benefícios de contar com o apoio do Sebrae na sua gestão financeira e no acesso facilitado ao crédito. Temos diversas soluções, desde artigos e cursos gratuitos até consultorias personalizadas. Vamos crescer juntos, com segurança e informação!

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