A descarbonização da economia deixou de ser tendência e se tornou uma urgência diante das mudanças climáticas e da pressão global por redução de emissões. Entre os setores mais impactados está a metalurgia, atividade essencial para infraestrutura, transporte, máquinas e equipamentos, mas também uma das mais intensivas em carbono.

Em Santa Catarina, esse desafio ganha contornos específicos. O estado abriga mais de 18 mil empresas do setor, e quase todas (97,5%) são pequenos negócios. De usinagem e solda a serralherias, fundições e fabricantes de estruturas metálicas, essas empresas compõem um ecossistema diversificado e estratégico para a indústria local.

O Relatório de Inteligência do Sebrae SC mostra que, embora os altos custos e a complexidade tecnológica ainda sejam barreiras para a adoção de soluções de “aço verde”, existem caminhos acessíveis para os pequenos negócios começarem a avançar. Investimentos em eficiência energética, digitalização de processos, uso de sucata como matéria-prima e substituição gradual de combustíveis fósseis já podem trazer ganhos expressivos de competitividade e sustentabilidade.

Além disso, oportunidades se abrem em parcerias com grandes empresas, acesso a financiamentos verdes e fornecimento de soluções que reduzam desperdícios e consumo de energia. A adoção de certificações e ferramentas de rastreabilidade também fortalece a credibilidade dos pequenos negócios, posicionando-os como fornecedores estratégicos em cadeias cada vez mais orientadas por critérios ambientais, sociais e de governança (ESG).

Esse movimento representa não apenas uma adequação às exigências globais, mas uma chance de agregar valor, ampliar mercados e garantir longevidade às pequenas indústrias catarinenses.

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