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Empreendedorismo
21 out. 2022

Inovação para um mundo melhor: cases de empreendedorismo feminino

A inovação vai muito além do desenvolvimento tecnológico, da criação de um novo produto ou de uma ideia completamente disruptiva. O Manual de Oslo, criado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 1995, é uma fonte internacional que estabelece algumas diretrizes para nortear atividades inovadoras na indústria. Segundo essa referência internacional, inovação é a introdução de um produto, serviço, método ou processo que gere valor para a empresa ou negócio.

A inovação está presente em muitas dimensões e ter um ambiente heterogêneo e diverso é um propulsor para ideias e mudanças inovadoras. De acordo com Renata Malheiros, coordenadora nacional do programa Sebrae Delas Mulher de Negócios, uma equipe homogênea com pessoas do mesmo gênero, orientação sexual e faixa etária promove a perpetuação das ideias, vivências e pensamentos vigentes. Por outro lado, uma equipe inclusiva fomenta a empatia e a troca de experiências, o que permite que a criatividade e a transformação floresçam.

Já falamos por aqui que as empresas lideradas por mulheres são mais inclusivas. Vimos também que as empreendedoras têm maior capacidade de adaptação e resiliência, o que resulta na maior digitalização e aumento da presença digital dos negócios liderados por mulheres. Além disso, já abordamos a importância da representatividade feminina na tecnologia e inovação, com casos de destaque no cenário catarinense.

Comportamento do consumidor acelera mudanças

À medida que aumenta a conscientização do consumidor sobre a responsabilidade social e ambiental das empresas, estas têm que estar mais atentas e promover ideias inovadoras para gerar um impacto positivo por meio do seu negócio. Muitos dos motivos para essa mudança de paradigma vêm do comportamento da geração mais jovem. A chamada geração Z é reconhecida por não se fidelizar às marcas, mas sim ser fiel aos valores que essas marcas representam. Esse grupo geracional quer abraçar causas, bandeiras e crenças que estejam de acordo com a sua visão e expectativa de futuro. Para os Zs, são as empresas, e não o governo, que podem ter mais impacto positivo no mundo.

Impulsionadas por esse comportamento, empresas começam a entender a necessidade de promover um senso de comunidade e responsabilidade para desenvolver um relacionamento sincero com seus clientes.

Como empreendedoras criam impacto positivo

Mas afinal, como o empreendedorismo pode contribuir para um mundo melhor?

Partindo do princípio que inovação é agregar valor ao negócio por meio da transformação para melhorar produtos, serviços, métodos ou processos, e que ações inovadoras podem gerar um impacto positivo, selecionamos alguns casos de empreendedorismo feminino que podem inspirar novos negócios para um mundo melhor.

Inovação para um ecossistema saudável

Estudos mostram que questões ambientais são a principal preocupação dos jovens Zs, das crianças da geração Alpha e das gerações que estão por vir. Muitas marcas já estão atentas a essa demanda e buscando novos processos, serviços e produtos para contribuir com a manutenção de um ecossistema saudável.

A empresária Stefânia Hofmann, da URBEES, é engenheira sanitarista e ambiental e nunca tinha empreendido até ter um insight. Por meio de uma reportagem sobre o sumiço e o risco de extinção das abelhas, ela conheceu a história de uma pessoa que tinha mais de 40 colmeias no quintal da sua casa, no centro de SP, a maior cidade do país. “Naquele momento me perguntei: por quê todo mundo não tem uma colmeia em casa? E esse foi o gatilho para nascer a URBEES”, completa.

As abelhas são as principais polinizadoras da natureza. Elas são fundamentais para o equilíbrio do ecossistema. No entanto, a perda de habitat natural e o uso abusivo de agrotóxicos são ameaças constantes a esse grupo de animais. O propósito da URBEES é difundir a criação de abelhas nativas sem ferrão nas cidades como ferramenta de regeneração dos ecossistemas e de reconexão das pessoas com a natureza. Para isso, promove cursos, desenvolve projetos educativos para escolas e comercializa colmeias para a criação em casa de abelhas nativas sem ferrão.

Chocolate com responsabilidade

As cadeias produtivas das indústrias têxtil, cosmética e alimentícia são alvo de muitas críticas com relação às condições de trabalho e responsabilidade ambiental. O desenvolvimento de produtos em escala menor e com maior comprometimento com todos os elos da cadeia é uma alternativa para uma produção mais ética e responsável.

A empresária Amanda Magalhães Schneider Franz, da Toré Chocolates, criou o seu negócio a partir desse princípio. Com o conceito bean to bar, ou seja, da amêndoa integral do cacau até a barra de chocolate, sem segmentação de processos e nem aditivos artificiais, a marca utiliza apenas cacau especial brasileiro e ingredientes naturais. Os parceiros são selecionados de maneira criteriosa tanto pela qualidade quanto pelas condições de trabalho e preservação do meio ambiente. “Vendemos presente e cuidado em forma de chocolate! Nosso público são clientes em busca de saúde, bem-estar e um consumo consciente”, afirma Amanda.

Ela passou um ano estudando sobre chocolate e empreendedorismo. Por meio do Sebrae Delas, participou do Empretec Delas, que ajudou a mudar seu perfil empreendedor e deu forças para iniciar as operações da fábrica. “Além de um sonho, eu acreditava no potencial do bean to bar. Sabia que não poderia esperar mais para iniciar, o chocolate bean to bar estava acontecendo, já tinha visto um movimento similar com os cafés especiais e as cervejas artesanais. Dito e feito, com base em um levantamento da Associação BTB Brasil de 2019 no Brasil havia 100 marcas de chocolate bean to bar e em 2022 já são mais de 450”, confirma.

O trabalho da empresária foi reconhecido com a primeira colocação da etapa catarinense do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, categoria Microempreendedora Individual. “Quero inspirar outras mulheres a alcançarem sua independência a partir de um negócio próprio”, completa Amanda.

Iniciativas inovadoras no agro

As mulheres têm um papel importante no agronegócio, principalmente em Santa Catarina, estado onde a agricultura familiar é muito presente. As agroempreendedoras estimulam e fomentam a inovação e a mudança dentro desse ambiente, o que reverbera em impacto positivo para o segmento.

Maria Rosinete Souza Effting, da Cabanha Guinther, investiu na tecnologia de ponta para a criação de gado leiteiro. Além disso, ela apostou na inovação de processos e modelo de negócios para gerar mais valor agregado ao seu produto. “Por conta da baixa remuneração, resolvi que, ao invés de entregar o leite para o laticínio, havia chegado a hora de fazer meu próprio queijo para agregar valor ao meu produto. E com isso construímos o laticínio. Fiz uma parceria com uma distribuidora de queijos, que negocia e distribui para todo Brasil”, afirma.

O queijo produzido é feito sem o uso de máquinas para mexer o produto e a empresa só utiliza o leite das vacas próprias, garantindo um produto artesanal de alta qualidade. “Recebo muitos alunos de faculdade e até mesmo de colégios locais por conta da tecnologia que temos na nossa propriedade. Pois o nosso lema é poder ajudar aqueles que precisam de informações e tecnologia.”

A iniciativa rendeu à empresária o primeiro lugar na etapa catarinense do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, categoria Produtora Rural.

Outra produtora de destaque na inovação do agronegócio é Sandra Beninca Nascimento, da Pupunha Brasil, empresa de comercialização do palmito pupunha.

“A existência de nosso negócio contribui para o consumo de um produto livre de sódio e conservantes. Além disso, o palmito pupunha é um produto ecologicamente correto. Depois que ele é plantado, nasce em touceira e, mesmo que se faça o corte, em pouco tempo ele vai ter outra haste pronta para ser utilizada novamente e assim sucessivamente”, ressalta Sandra.

Inovação com inclusão e humanização

Utilizar a inovação e a tecnologia para melhorar as relações é o desafio da empresária Gislaine dos Santos Leopoldo, da Facto Assessoria e Cobrança, ganhadora do primeiro lugar da etapa estadual do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, categoria Pequeno Negócio.

A empresa oferece um serviço de estratégia de atendimento por meio de uma gestão de carteira humanizada, para diminuir o índice de inadimplência nas empresas que terceirizam o processo de cobrança.

Levando em conta o propósito de um serviço de cobrança humanizado por meio de pessoas comprometidas em ajudar outras pessoas, gerenciar com humanização sempre foi a prioridade. Ter uma conversa que leva em conta a individualidade de cada um para criar uma relação de confiança e estar aberta para ouvir as pessoas e compreendê-las são os diferenciais da empresária.

“Enquanto outras empresas trabalham com robôs e modelos mais automatizados, nós inovamos no mercado de cobrança para transformar a recuperação de crédito em um processo mais pessoal e eficiente. Humanizamos o Call Center, contratamos pessoas sem experiência no mercado de trabalho. Além de gerar empregos, capacitamos essas pessoas para que se tornem profissionais da área de cobrança e recuperação de crédito. Com o Projeto Talentos, por meio do qual os colaboradores podem participar de processos de recrutamento interno, muitas oportunidades de crescimento profissional surgem, inclusive tornando-se líderes de equipes”, completa Gislaine.

Já a empresária Mônica Aparecida Coelho Schmidt, da Dom Bombom, aposta na diversidade e inclusão para construir um ambiente de trabalho acolhedor e heterogêneo, o que, como vimos anteriormente, funciona como propulsor para iniciativas inovadoras. 90% do quadro de funcionários é composto por mulheres e a empresária ressalta o respeito a todos os gêneros, religiões e ideologias na empresa: “Acredito no desenvolvimento pessoal de cada um”.

Além disso, recentemente, depois de muito estudo e pesquisa a empresa desenvolveu um produto com grande potencial para o mercado consumidor que era encontrado somente em produtos importados. “Fizemos um grande trabalho em embalagem e marketing e estamos tendo excelentes resultados. Estamos iniciando estudos para exportação”, afirma a empresária.

As práticas sustentáveis também fazem parte do dia a dia da empresa. A Dom Bombom recicla quase a totalidade dos seus resíduos, com reciclagem de todo material de embalagem de papelão e compostagem de resíduos orgânicos.

VAMOS CRESCER JUNTAS?

O Sebrae Delas Mulher de Negócios orgulha-se de estar presente na trajetória inovadora dessas empreendedoras que inspiram outras a transformar e empreender.

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