Quem pode internacionalizar?
A palavra "internacionalização" significa expansão dos horizontes de determinada empresa, o que causa, por consequência, ampliação de mercados, clientes, fornecedores e resultados. Assim, internacionalizar-se costuma ser muito vantajoso a um negócio, pois esse plano lhe apresenta oportunidades que normalmente não seriam encontradas no mercado interno.
Entretanto, muitas empresas nem consideram esse caminho, por acreditar que é de difícil acesso. Por isso, hoje vamos desmistificar essa ideia e trazer informações importantes que embasam a criação de um plano de internacionalização para a sua empresa. Afinal, com as estratégias e os cuidados corretos, toda empresa é capaz de se internacionalizar.
Por que a internacionalização é um caminho rentável?
Seja por meio de exportação indireta ou fusão de empresas, o processo de integração entre uma empresa nacional e o mercado externo vislumbra diversos benefícios. Entre eles, estão:
- Ganho de novos mercados consumidores e ampliação da carteira de clientes;
- Redução de carga tributária;
- Investimento e faturamento em moedas mais fortes que o real, como dólar e euro;
- Diversificação das fontes de receita;
- Aumento do valor da marca;
- Aceleração do crescimento da empresa.
Além disso, podemos citar a diminuição de riscos, pois o negócio fica menos dependente do mercado nacional e de suas flutuações. Em um momento de crise econômica interna, por exemplo, a empresa continuará faturando no mercado internacional.
Sem mencionar que a internacionalização costuma aumentar a qualidade dos produtos oferecidos pela empresa, uma vez que o mercado internacional é mais exigente. Dessa forma, ao aperfeiçoar seus produtos conforme os padrões internacionais, a empresa também terá acesso a novas tecnologias.
Outras consequências diretas desse processo são a redução dos custos de produção e o aumento da capacidade de gestão da empresa, que valoriza mais seu desenvolvimento.
Como ter certeza de que minha empresa tem perfil para exportar?
Em primeiro lugar, antes de conhecermos algumas dicas essenciais para definir um plano de internacionalização, vamos entender como analisar o perfil da empresa.
Quando uma empresa decide se internacionalizar, ela melhora diversos aspectos de seu negócio: produção, gestão, logística, distribuição, qualidade do produto e vendas.
Contudo, a decisão de se internacionalizar é um passo que precisa ser pensado e planejado. Isso porque, ao lidar com uma nova legislação, uma nova cultura e um novo público, a empresa enfrentará desafios diferentes dos percebidos internamente.
Por isso, é imprescindível fazer uma pesquisa e análise detalhada do mercado no qual sua empresa deseja atuar. Dessa forma será possível olhar para a situação atual do negócio de forma mais crítica, a partir do contexto observado no exterior.
Nesse sentido, uma dica valiosa é identificar as forças e fraquezas da empresa e do produto ofertado, a fim de traçar um plano de internacionalização.
Só para exemplificar, algumas características das empresas que possuem perfil para exportar são as seguintes:
1. Capacidade produtiva
Primeiramente, a capacidade produtiva diz respeito à capacidade da empresa de atender a demanda, tanto interna quanto possivelmente externa de seu produto.
Uma vez que a empresa conhece essa capacidade, ela atua de forma mais assertiva no mercado internacional. Isso porque ela possui consciência do tamanho dos pedidos que pode assumir para a exportação, sem deixar de atender com excelência seus clientes internos.
Costuma-se pensar que, quanto maior a capacidade produtiva de uma empresa, melhores serão seus resultados, mas isso é um engano.
Pelo contrário, o ideal é saber alinhar a capacidade produtiva com a demanda, para não ter problemas de falta ou excesso de estoque.
E, caso você já saiba que uma das etapas do seu plano de internacionalização é aumentar a capacidade produtiva, aqui vão algumas dicas:
- Treine e incentive a equipe;
- Identifique os gargalos da produção, a fim de melhorar os processos;
- Faça manutenção e, quando necessário, atualize máquinas e equipamentos;
- Abra novos turnos de trabalho, se possível; e
- Expanda o negócio, abrindo uma filial ou contratando mais colaboradores, por exemplo.
2. Cultura exportadora
Vejamos, portanto, o que diz respeito à cultura exportadora de uma empresa. Trata-se da capacidade de entender as demandas dos mercados e se adequar a elas, com o intuito de satisfazê-las.
Nesse sentido, um dos aspectos envolvidos é a inteligência cultural, que nada mais é que a habilidade de se relacionar e entender novas culturas.
Essa capacidade de reagir corretamente ao novo, ao diferente, é imprescindível no momento da negociação internacional e pode, inclusive, determinar seu resultado. Outrossim, a empresa precisa ser capaz de analisar os processos para adequá-los conforme a demanda internacional.
Aqui, destacamos o conhecimento sobre a capacidade produtiva. Só para ilustrar, de nada adianta a empresa fechar contratos e mais contratos de exportação se ela não tem como suprir toda a demanda. Ou, ainda, se ela é capaz de produzir em maior escala, mas ainda não possui insumos para tal.
Esses são pontos essenciais para construir – e manter – uma cultura exportadora na sua empresa.
Como garantir o sucesso do meu plano de internacionalização?
Chegou o momento de conferir algumas dicas essenciais para você que deseja criar um plano de internacionalização para sua empresa. As dicas, a saber, são aspectos que você deve levar em conta durante seu planejamento, etapa de grande importância na elaboração do plano.
Pesquise sobre os métodos de internacionalização
Em primeiro lugar, conheça os métodos de internacionalização. A exportação é apenas uma das formas de se internacionalizar e você deve conhecer as demais para saber qual é, de fato, a mais vantajosa.
Só para exemplificar, algumas das formas são:
- Exportação: vender no mercado internacional os produtos produzidos internamente;
- Importação: comprar produtos produzidos internacionalmente, normalmente mais baratos que os produtos internos, seja para revenda, uso na produção ou atualização de equipamento;
- Franchising: criar uma franquia internacional para que outros empreendedores utilizem a sua marca no exterior, em troca de pagamento de royalties;
- Joint Venture: estabelecer parceria com uma empresa no exterior, com a criação de uma nova pessoa jurídica para desenvolvimento de um projeto por tempo previamente determinado;
- Investimento direto: comprar uma unidade comercial ou abrir uma filial em determinado país estrangeiro.
Estabeleça parceria com agentes de carga
Em segundo lugar, outro ponto importante para seu plano de internacionalização é o desenvolvimento de parcerias com agentes de carga. Se você precisar fazer gestão da logística internacional, sem dúvidas o caminho mais curto é contar com um parceiro experiente.
Esse parceiro é o agente de carga, que atua como consultor logístico e oferece suporte para importadores e exportadores, sendo responsável pela gestão logística. Por ter experiência com operações de importação e exportação, ele poderá ajudar a reduzir custos, minimizar riscos e otimizar o tempo de trânsito do transporte.
Além disso, ele costuma apresentar alguns parceiros confiáveis e cuida de qualquer trava que apareça durante a operação. Em outras palavras, você terá um parceiro para conduzir você no caminho do comércio internacional.
Entenda o básico da Legislação Aduaneira
Por fim, você que deseja montar um plano de internacionalização precisa entender o básico sobre a Legislação Aduaneira.
Obviamente, não será preciso se especializar no tema, afinal as atividades de comércio exterior são executadas com a ajuda muitos atores, como despachantes aduaneiros, agentes de carga, assessorias e consultorias aduaneiras, entretanto, ter uma noção sobre as normas que regulamentam a exportação e importação de mercadorias no Brasil, envolvendo não apenas leis, mas também decretos, instruções normativas e portarias é importante para garantir a adequação dos seus processos internos.
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