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Empreendedorismo
17 nov. 2025

Nanoempreendedor: quando e como evoluir para a formalização

Nos últimos anos, um novo perfil vem ganhando espaço no cenário dos pequenos negócios: o nanoempreendedor. Essa categoria representa milhões de brasileiros que começaram de forma independente, com baixo investimento e muita criatividade, mas que ainda estão fora da formalidade.

Neste artigo, você vai entender o que é o nanoempreendedorismo, quando faz sentido atuar nesse modelo e como evoluir para se tornar um Microempreendedor Individual (MEI) ou abrir sua empresa.


O que é um nanoempreendedor e por que esse conceito ganhou força


De acordo com um Relatório de Inteligência do Observatório do Sebrae/SC, o nanoempreendedor é uma nova categoria criada pela Reforma Tributária, que simplifica regras e pode transformar a realidade de milhões de trabalhadores informais no Brasil. A modalidade, que entra em vigor a partir de 2026, foi desenhada para quem fatura até R$ 40,5 mil por ano e atua de forma individual, sem CNPJ, com operações de pequeno porte e, muitas vezes, a partir da própria casa.

Esse modelo surgiu como uma ponte entre a informalidade total e o Microempreendedor Individual (MEI), especialmente em tempos de alta no desemprego e de avanço das tecnologias de venda online. Em 2024 e 2025, o nanoempreendedorismo cresceu no Brasil e em Santa Catarina, impulsionado por plataformas digitais, deliverys e redes sociais.

Alguns exemplos de trabalhadores que podem se encaixar nesse formato são:

  • quem vende comida ou doces caseiros por encomenda;

  • profissionais de beleza e estética que ainda não têm CNPJ;

  • motoristas de frete e transporte que atuam por conta própria;

  • artesãos, diaristas, costureiras e prestadores de pequenos serviços;

  • entregadores de compras por aplicativo.


Assim, o nanoempreendedorismo se torna uma porta de entrada para o empreendedorismo formal, mas é importante saber o momento certo de evoluir.

Nanoempreendedor utilizando um celular ao lado de sua van de serviços de entrega, representando inovação e empreendedorismo no setor de pequenas empresas.


Quando faz sentido atuar como nano (e quando não faz)


Atuar como nanoempreendedor faz sentido quando você está:

  • testando um novo produto ou serviço;

  • buscando uma alternativa de renda complementar;

  • atendendo poucos clientes ou demandas eventuais;

  • validando seu modelo de negócio antes de registrar um CNPJ.


Por outro lado, não faz sentido atuar como nanoempreendedor quando:

  • seus clientes são empresas e pedem nota fiscal;

  • você já tem contratos recorrentes ou agenda cheia;

  • você precisa de crédito ou quer formalizar parcerias com fornecedores.


Além disso, alguns sinais de que já passou da hora de formalizar seu negócio são:

  • você está recusando pedidos por falta de nota fiscal;

  • você precisa contratar alguém para ajudar;

  • seu faturamento mensal se aproxima de R$ 6 mil a R$ 7 mil;

  • você quer crescer e divulgar seu negócio com mais confiança.


Quando notar esses sinais, é hora de partir para o próximo passo: abrir um MEI, um processo simples e gratuito.


Riscos de permanecer informal


Além dos pontos que listamos a seguir, que indicam quando não faz sentido atuar como nanoempreendedor, é preciso lembrar que essa é uma modalidade informal, e a informalidade pode parecer mais simples no início, mas traz riscos sérios no médio e longo prazo. Os principais riscos de continuar informal são:

  • perder contratos e oportunidades com empresas formais;

  • ficar sem proteção previdenciária (como aposentadoria e auxílio-doença);

  • ter dificuldade para acessar crédito e fornecedores;

  • enfrentar barreiras para crescer e contratar equipe.


Além disso, segundo o Relatório de Mortalidade dos Pequenos Negócios em Santa Catarina, realizado pelo Observatório do Sebrae/SC, 4 em cada 10 pequenos negócios não conseguem superar os primeiros anos de atividade. Entre as principais causas do fechamento de empresas no estado estão a falta de planejamento, a gestão financeira precária, a ausência de diferenciação e a dificuldade de adaptação, que podem estar diretamente ligadas à informalidade.

Formalizar é mais do que pagar impostos: é investir na segurança e no futuro do seu negócio.


Jovem empreendedora costurando roupas em sua loja, representando o perfil do nanoempreendedor, com dedicação ao seu negócio.


Do nano ao MEI: passo a passo prático


Migrar de nanoempreendedor para MEI é simples e traz grandes benefícios, como CNPJ, possibilidade de emitir notas, acesso à benefícios (como aposentadoria) e ao crédito.

Confira abaixo um checklist prático para se formalizar como MEI.

  1. Estime sua receita mensal e anual e compare com o limite do MEI, que é de R$ 81 mil anual ou R$ 6.750,00 mensais.

  2. Escolha a sua Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e verifique se é permitida.

  3. Abra seu MEI gratuitamente no Portal do Empreendedor.

  4. Conheça suas obrigações básicas, como pagamento mensal do DAS-MEI (Documento de Arrecadação do Simples do Microempreendedor Individual) e emissão de notas fiscais.

  5. Capacite-se com o Sebrae: participe de cursos e consultorias para estruturar seu negócio.


    Rotas de crescimento: plataformas e crédito


    Depois da formalização como MEI, uma das formas mais rápidas de impulsionar seu negócio é aproveitar as plataformas digitais. O Relatório sobre Economia de Plataformas, também do Observatório do Sebrae/SC, mostra que marketplaces e aplicativos podem ampliar a demanda e dar visibilidade, especialmente para quem atua com serviços, alimentação ou produtos criativos.

    Para começar a utilizar essas plataformas:

    • avalie o custo das taxas e a reputação da plataforma;

    • use avaliações e fotos de qualidade para destacar seu perfil;

    • mantenha controle financeiro do seu negócio para não depender de um único canal.


    Outra forma de fazer sua empresa evoluir é investir em eficiência de custos, especialmente com energia. O relatório sobre Transição Energética em Santa Catarina destaca o potencial da energia solar e de práticas sustentáveis para reduzir despesas, melhorar a imagem do negócio e alinhar-se à agenda ESG (Ambiental, Social e Governança).


    Quando migrar de MEI para Microempresa (ME)


    O crescimento é sinal de sucesso e também pode exigir uma nova mudança. Por isso, fique atento aos sinais de que é hora de migrar de MEI para Microempresa (ME):

    • seu faturamento ultrapassou o limite anual do MEI;

    • você precisar contratar mais de uma pessoa;

    • seu negócio está se expandindo para novos mercados, canais ou parcerias.


    Esse momento chegou? Então, confira aqui o passo a passo mais amplo para abrir uma empresa e se formalizar como ME.


    Do nano ao grande passo e o apoio do Sebrae nesse caminho


    Ser nanoempreendedor é um começo legítimo e importante: é o primeiro passo para testar, aprender e construir um negócio sólido. Mas, para transformar seu esforço em crescimento real, a formalização é essencial.

    Conte com o Sebrae para trilhar esse caminho com segurança, apoio e conhecimento. Acesse nossos cursos, consultorias e materiais gratuitos e descubra as vantagens de formalizar seu negócio.


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