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Empreendedorismo
24 abr. 2025

Empreendedorismo materno: desafios e oportunidades

Nasce uma mãe, nasce uma empreendedora. A frase compartilhada nos grupos de empreendedorismo materno reflete a realidade: cada vez mais, a chegada da maternidade tem sido um ponto de virada na vida profissional de muitas mulheres. Em vez de limitar, esse momento inspira e impulsiona a criação de novos caminhos.

De acordo com o estudo do Observatório de Negócios em parceria com o Sebrae Delas, 50,5% das empreendedoras são mães. Já entre os homens, apenas 37,3% são pais. A flexibilidade de tempo, a busca por autonomia e a dificuldade de conciliar carreira e maternidade estão entre os principais motivos para isso, afinal a realidade é que muitas mães não encontram espaço ou compreensão no mercado formal.

Nesse contexto, empreender deixa de ser apenas uma escolha e passa a ser uma alternativa de sobrevivência, pertencimento e realização. Com isso, o empreendedorismo materno ganha força e relevância, movimentando a economia e criando soluções inovadoras a partir de vivências reais.

Mãe trabalhando em um laptop enquanto a filha se diverte nas costas dela, transmitindo a harmonia entre vida profissional e maternal.

Desafios do empreendedorismo materno

De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), metade das mulheres que têm filhos são demitidas até 2 anos após a licença-maternidade.

“Tem mulheres que voltam para o ambiente corporativo e são demitidas, voltam para o corporativo e não são acolhidas, mulheres que precisam ter um pouco mais de flexibilidade porque as licenças-maternidade são menores, mulheres que voltam e não se encaixam mais nesse universo”, afirma Marina Barbieri, coordenadora do programa Sebrae Delas em Santa Catarina, sobre a realidade das mães no mercado de trabalho.

Algumas questões que impactam a permanência pós-maternidade de mulheres no ambiente corporativo são:

  • licença-maternidade inferior a seis meses, período mínimo de amamentação exclusiva recomendado pela organização Mundial de Saúde (OMS);

  • falta de estrutura dentro das empresas para as necessidades das mães lactantes;

  • horários rígidos que não acomodam as necessidades de atenção e cuidado do bebê;

  • desigualdade salarial: segundo a FGV, os salários das mulheres no mercado de trabalho tendem a cair 7% após o retorno da licença-maternidade.

Nesse cenário, o empreendedorismo materno vem se tornando uma alternativa real para muitas mulheres, mas é fundamental encarar essa jornada com os pés no chão. Embora tenha benefícios, como a flexibilidade e a autonomia, também traz grandes desafios, especialmente quando se trata de conciliar os papéis de mãe, empreendedora, gestora do lar e, muitas vezes, principal provedora.

A tão sonhada flexibilidade pode se transformar em sobrecarga quando não há uma boa gestão do tempo. Trabalhar em casa, por exemplo, pode misturar os limites entre o que é vida profissional e o que é vida pessoal. O resultado? Mães exaustas, com saúde mental abalada e a sensação de que não estão dando conta de nada, nem da empresa, nem dos filhos, nem de si mesmas.

Além disso, a falta de apoio familiar, o pouco conhecimento sobre gestão e a dificuldade de acesso a crédito são obstáculos recorrentes. Assim, a sobrecarga física e emocional se torna um dos principais motivos de desistência no caminho do empreendedorismo materno.

Uma mulher sorridente usa um laptop enquanto uma criança desenha ao seu lado, com um homem ao fundo, todos em um ambiente aconchegante.

Como conciliar maternidade e empresa?

Para evitar frustrações, é necessário entender que conciliar a maternidade com o empreendedorismo não é uma tarefa fácil e exige mais do que força de vontade. Empreender exige tempo, dinheiro, persistência, estratégia e uma boa rede de apoio.

Veja a seguir algumas dicas que podem facilitar o equilíbrio na vida de mães empreendedoras.

1. Faça um bom planejamento

Para quem nunca empreendeu, começar um negócio em meio à maternidade pode ser um desafio e tanto. Por isso, é importante minimizar os riscos para transformar o sonho em negócio.

Ter um plano de negócios, com pesquisa de mercado, análise de concorrência e metas a serem alcançadas é o ideal. Além disso, algumas ferramentas, como o Canvas da Empreendedora, ajudam as mulheres que têm pouco tempo disponível a realizarem essas tarefas de maneira simplificada.

2. Organize suas finanças

Mesmo que o negócio comece pequeno, é essencial ter um mínimo de planejamento financeiro. Use aplicativos de gestão ou planilhas para entender seus custos, prever receitas e buscar opções de crédito voltadas para mulheres.

Com organização, é possível viabilizar estratégias para investir no negócio. Inclusive, várias instituições financeiras têm ofertas de crédito com condições especiais para mulheres.

3. Comece com o que você sabe

Outra dica é começar a empreender em um negócio que você tenha conhecimento ou domínio. Pode ser uma consultoria em uma área que você tenha experiência profissional, algum hobby que você queira profissionalizar ou algum interesse que você veja a possibilidade de gerar lucro. Isso diminui os riscos e acelera os resultados.

4. Não faça sozinha

Empreender sozinha enquanto cuida de uma criança é insustentável em longo prazo. Por isso, é importante construir uma rede de apoio forte: essa vai ser sua principal aliada ao conciliar maternidade e empreendedorismo.

Não tente provar que consegue dar conta de tudo sozinha, pois isso só vai gerar sobrecarga e limitar suas chances de crescer. Em vez disso, divida tarefas, combine rotinas com o(a) parceiro(a), envolva a família ou busque serviços de apoio: isso não é fraqueza, é estratégia.

5. Exerça o foco e organize seu tempo com flexibilidade

Quem tem filhos sabe que nem sempre o planejamento dá certo. Ser mãe e empreendedora é saber equilibrar esses pratinhos. Por isso, quanto mais disciplinada e realista você for, melhor vai ser a sua jornada.

A gestão do tempo é um dos maiores desafios da mãe empreendedora, mas também é uma das chaves para o sucesso. Técnicas como time blocking (bloqueios de tempo na agenda para tarefas específicas) e método Pomodoro (ciclos de foco e pausa), além do uso de ferramentas como Google Agenda, podem ajudar a priorizar, manter o foco e adaptar a rotina de trabalho ao ritmo da maternidade. A ideia é buscar produtividade com flexibilidade.

6. Capacite-se sempre

Busque conhecimento nas áreas que você não domina, como marketing, finanças, gestão ou vendas. Saber mais sobre ferramentas de gestão e questões relacionadas ao empreendedorismo vai trazer mais confiança para você na hora de empreender.

Fortalecer as competências socioemocionais também é importante para criar coragem e motivação. Existem várias possibilidades de cursos de capacitação para empreendedoras que cabem no seu orçamento e na sua disponibilidade de tempo.

7. Cuide de você

O autocuidado não é luxo, é necessidade. Reservar momentos para si mesma, seja para um banho tranquilo, uma caminhada, um livro ou até sessões de terapia, ajuda a manter o equilíbrio emocional e físico. Isso melhora a sua produtividade, reduz a sobrecarga e fortalece sua presença como mãe e empreendedora.

Mulher organizando o planejamento semanal enquanto segura uma criança em um ambiente de home office moderno e iluminado.

Oportunidades do empreendedorismo materno

O empreendedorismo materno é um “conceito guarda-chuva” que contempla ações e negócios criados por mães que abraçam a maternidade como uma característica fundamental nas suas vidas e usam isso a seu favor nos negócios. Isso significa que nem toda mulher que empreende após a maternidade se identifica com esse conceito — e tudo bem.

No entanto, para muitas, a chegada dos filhos desperta um olhar mais sensível, criativo e estratégico sobre o trabalho. Muitas vezes, o empreendedorismo materno surge por necessidade, mas se revela como um caminho poderoso de transformação pessoal e profissional.

Mais do que conciliar maternidade e trabalho, esse movimento representa uma nova forma de empreender. Habilidades como empatia, resiliência, escuta ativa, senso de comunidade e capacidade de improviso — todas intensificadas com a vivência materna — se tornam grandes aliadas no mundo dos negócios.

Além disso, assim como acontece com o empreendedorismo feminino, a formação de comunidade e a conexão são ferramentas de fortalecimento para negócios comandados por mães. As redes sociais têm papel central nesse processo. Grupos de apoio, campanhas de valorização e movimentos digitais impulsionam a visibilidade de produtos e serviços criados por mães.

Mais do que uma escolha de consumo, apoiar negócios de mães é também um ato de transformação social. Apesar dos preços, muitas vezes menos competitivos por não envolverem produção em larga escala, a decisão de consumir de outras mães movimenta uma cadeia de valorização e renda.

Há muitas iniciativas nascendo dessa força coletiva do empreendedorismo materno, provando que quando nasce uma mãe, pode sim nascer também uma líder, criadora e agente de mudança.

Imagem de uma mãe e um filho em um ambiente doméstico, mostrando afeto e alegria enquanto trabalham juntos em um computador. Essa imagem é perfeita para ilustrar momentos de carinho e conexão familiar, ideal para conteúdos sobre maternidade e relações familiares.

Empreendedorismo materno: uma jornada possível com o apoio do Sebrae Delas

A maternidade transforma o corpo, a rotina e também a forma de olhar para o mundo. Para muitas mulheres, esse processo gera desafios, mas também impulso para criar, inovar e empreender. Assim, o empreendedorismo materno se consolida como uma alternativa real e cada vez mais relevante no cenário econômico e social.

Conciliar filhos, casa e um negócio próprio não é simples. E é justamente nesse ponto que iniciativas como o Sebrae Delas se tornam tão valiosas. O programa, feito totalmente por mulheres e para mulheres, está atento às demandas das mães empreendedoras e adota algumas medidas simples, mas fundamentais, para a integração de mães em ações para o fortalecimento do empreendedorismo feminino.

O Sebrae Delas oferece trilhas de capacitação online com horários flexíveis, eventos presenciais que disponibilizam espaço kids e espaço de amamentação, além, é claro, de acolhimento, rede de apoio, visibilidade e incentivo.

Com informação, estratégia e suporte, é possível transformar a maternidade em um impulso para o crescimento profissional. Saiba mais sobre o Sebrae Delas. Vamos crescer juntas?

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