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Empreendedorismo
07 ago. 2023

Mulheres na tecnologia e inovação: empreendedorismo feminino nas startups

Em um segmento com possibilidade de crescimento alto e baixo investimento, a presença feminina na liderança de startups ainda é pequena. Enquanto as oportunidades do empreendedorismo feminino se fortalecem em todo o mundo, de acordo com o Gender Gap Report 2022, o número de empreendimentos liderados por mulheres cresceu 41%, enquanto os negócios geridos por homens aumentaram 22%. Ainda são moda, beleza e alimentação as áreas que tradicionalmente concentram o maior número de negócios comandados por mulheres.

No segmento de inovação e tecnologia, os números crescem a passos lentos, o que reforça a importância do fortalecimento do empreendedorismo feminino para ampliar a diversidade no ecossistema e derrubar o teto de vidro. Segundo dados do Female Founders Report 2021, estudo realizado em parceria entre Distrito, Endeavor e B2Mamy, as startups brasileiras fundadas unicamente por mulheres representam apenas 4,7% do total de empresas. Já as empresas cofundadas por mulheres somam 5,1%, o que resulta em um menos de um décimo das startups nacionais com mulheres no seu quadro de fundação.

O que é uma startup?

O conceito surgiu nos Estados Unidos durante a chamada bolha da internet. Entre os anos de 1996 e 2001 houve um aumento expressivo das empresas de tecnologia. Durante esse período, muitas ideias inovadoras viraram negócios rentáveis em um período de tempo curto.

Atualmente, o conceito de startup é o de uma empresa inovadora, com custos baixos de manutenção, que desenvolve um modelo de negócios repetível e escalável. Trata-se de um negócio em fase inicial com foco na inovação de produtos e serviços que consegue atingir crescimento e aceitação em larga escala de forma acelerada.

Dentro desse conceito, outro termo muito comum são as startups unicórnios. A expressão se refere às empresas que atingem a avaliação de mercado de 1 bilhão de dólares. Uma das principais startups unicórnios do Brasil é a fintech NuBank, empresa que tem como uma das fundadoras Cristina Junqueira, uma das mulheres mais importantes do mundo dentro do universo das fintechs e uma inspiração para outras mulheres que buscam trilhar esse caminho incerto e atraente das startups. 

A importância de um ecossistema diverso

A diferença entre o número de homens e mulheres que se aventuram na fundação de startups pode ser explicada, em parte, pela trajetória do ecossistema de inovação no Brasil. O investimento significativo e aumento notável de iniciativas focadas no fomento da inovação e tecnologia, como hubs, aceleradoras e incubadoras, é recente. De acordo com o Female Founders Report 2021, 47,4% dos negócios começaram nos últimos cinco anos. Quando se fala em startups fundadas por mulheres, há um aumento significativo desse número: 66,9% iniciaram suas atividades entre 2016 e 2020.

Um ambiente de negócios com mais diversidade traz mais oportunidades para empreendedoras e para a sociedade de maneira geral. De acordo com a consultoria estratégica McKinsey & Company, as empresas com mais mulheres na liderança têm 25% mais chances de lucrar acima da média. Esse número aumenta para 36% quando é contemplada também a diversidade étnica.

Ainda de acordo com o Female Founders Report 2021, líderes femininas nas startups também aumentam em 11% o equilíbrio dos quadros societários. Um estudo realizado pela Kauffman Fellows em 2019 constatou que empresas com uma fundadora mulher e uma executiva na liderança empregam seis vezes mais mulheres do que empresas compostas apenas por homens fundadores. Outro apontamento da pesquisa afirma que empresas lideradas por mulheres empregam 2,5 vezes mais mulheres (como empregadas, executivas e membros do conselho) do que empresas chefiadas por homens.

Além da importância da presença de fundadoras de startups para uma sociedade mais igualitária, um quadro societário mais inclusivo contribui para a geração de retorno financeiro significativo. Estudo da Boston Consulting Group demonstra que para cada dólar financiado, as mulheres fundadoras geram, em média, 78 centavos, em comparação a 31 centavos gerados por homens.

Conheça a história de três fundadoras de startups catarinenses

Já falamos de mulheres catarinenses que são destaques na tecnologia e inovação, empreendedoras pioneiras e com uma trajetória consagrada na área. Mas quem são as jovens talentosas que se destacam no segmento?

Apresentamos três fundadoras de startups para compartilhar suas histórias e inspirar outras mulheres.

Isabela Blasi, da Indicium

Cofundadora e executiva da Indicium, uma startup, com crescimento de 200%, que projeta um faturamento na casa dos 30 milhões de reais, Isabela é formada em direito, mas se encontrou no mundo da tecnologia e inovação. Além da sua atuação empreendedora, ela também exerce a liderança como presidente da Lide Futuro em Santa Catarina.

A startup começou em 2017 com a missão de transformar dados em decisões inteligentes para as organizações. Isabela conta que, na época em que idealizou a empresa, muitas outras startups estavam buscando soluções pouco inovadoras para resolver problemas complexos. “A gente entendeu que, para lidar com a questão de dados, a gente precisava voltar um pouco atrás e trabalhar com serviços, ajudar as empresas na organização de informações para transformá-las em visualizações, modelos, em algo utilizável, porque o dado sozinho não é nada. Então, a Indicium forma times que entram em grandes corporações e ajudam a construir soluções que geram eficiência, receita e produtividade ao negócio”, afirma Isabela.

Na startup, Isabela tem sócios homens, mas ela comenta que a sua presença no quadro societário ajuda a ter equilíbrio e diversidade na empresa. “A gente busca muito trazer mulheres para nossa equipe. Temos algumas iniciativas, como o Lighthouse, um programa de treinamento para acelerações de carreiras em dados. Temos a meta de ter sempre 50% de mulheres. A gente vive batalhando para ter mais equidade de gênero dentro da empresa”, complementa Isabela.

Aryana Valcanaia, da Gerencit

Depois de atuar com tecnologia da informação, design e propaganda, Aryana aproveitou o conhecimento adquirido em cada área para se dedicar ao desenvolvimento de soluções e produtos digitais para empresas e pessoas. Há 14 anos dentro do ambiente de inovação e tecnologia e há dez anos atuando como empreendedora na UEEK, sua primeira empresa, ela sentiu necessidade, em 2022, de viver o ciclo completo de uma startup: criar, validar, desenvolver e, eventualmente, vender o negócio. Sua empresa Gerencit é uma startup de govtech/smartcities, que transforma a maneira como cidadãos e prefeituras se relacionam. Na sua ideação, foi identificado que a descentralização das demandas da população é uma das principais dores dos gestores municipais, o Gerencit é uma ferramenta inteligente para centralizar essas informações e fornecer uma análise sistematizada para que os gestores municipais possam tomar decisões estratégicas mais eficientes.

Como Aryana trabalha há bastante tempo na tecnologia e inovação, ela percebe a transformação da participação feminina nesse segmento. “Lentamente, a gente está evoluindo, mas ainda parece que a mulher precisa ser muito melhor do que homens para ser ouvida. É desafiador trabalhar em um ambiente majoritariamente masculino. Acredito que a única maneira de mudar isso é por meio de exemplos que ocupam seus espaços. É fundamental que mulheres entrem e persistam nessa área”, afirma.

Camila Mayara Gessner, Cofundadora e CEO da iFlorestal

Engenheira Florestal, com experiência em tecnologia da informação, análise de negócios e gerenciamento de projetos, Camila decidiu botar em prática sua vontade de empreender em 2020. A idealização da iFlorestal veio junto com o início da pandemia, e trouxe como oferta uma solução tecnológica voltada ao setor florestal e ambiental. Ao lado do sócio, Heitor Uller, Camila coloca em prática na empresa o seu propósito profissional de simplificar a vida das pessoas e a rotina de empresas por meio da implantação de tecnologias e práticas de gerenciamento que otimizem os processos, trazendo incrementos nos resultados financeiros e melhoria de qualidade de vida.

Trabalhar em um ambiente masculino, como o da tecnologia, faz parte da vivência de Camila desde a faculdade de engenharia. Para ela, a postura profissional foi fundamental para driblar o fato de ser uma jovem engenheira. Assim como Aryana, ela acredita que é preciso conquistar o seu lugar. “Sempre tive essa percepção de que preciso dominar o meu espaço, não vou deixar que outro me diminua. Já chego ocupando o que é meu de direito pelas minhas conquistas, pelo meu trabalho e pelo meu conhecimento.”

Para ela, programas de empreendedorismo feminino na área de inovação e tecnologia são importantes para que mulheres percebam que elas têm tanto potencial quantos os homens. “Falta muito em nós mulheres a segurança para se sentir suficiente. A bagagem e o conhecimento que a gente tem são muito valiosos, temos que focar mais no que somos capazes e menos naquilo que falta. Nos programas (como o Sebrae Delas) isso é muito forte, o ambiente proporciona que a gente fortaleça umas às outras”, completa Camila.

Sebrae Delas fomenta a participação feminina no ecossistema de inovação

Com a jornada Inovação entre Elas, voltada exclusivamente para mulheres na tecnologia e inovação, o Sebrae Delas oferece a trilha Empreendedora Tech, em parceria com os programas Startup SC, Jornada Startup e Mulheres +Tec, um percurso completo de aprendizado e networking para mulheres CEO ou diretoras de empresas do segmento.

Outra iniciativa do Sebrae Delas é a participação do programa no Startup Summit 2023. De 23 a 25 de agosto, o evento de tecnologia e inovação conta com um lounge exclusivo dedicado especialmente à discussão e informação sobre a presença e a experiência de mulheres na tecnologia e inovação. Serão cerca de 70 profissionais convidadas para talks, mentorias e palestras. Uma ação inovadora para tornar o ecossistema mais inclusivo.

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