- Agronegócio
- 11 de mai. 11
Diferenciação de méis para o mercado e monitoramento indicativo da cobertura vegetal apícola pela análise de grãos de pólen
Para podermos realizar as análises dos grãos de pólen no mel, é necessário preparar as amostras do produto, para que possam ser analisadas com segurança
Apesar dos grãos de pólen presentes no mel terem real importância para o início do processo de cristalização (eles são a base de fixação dos cristais presentes no mel), nos processos de pasteurização do mel há real necessidade em removê-los, a fim de promover maior tempo de vida útil em sua forma líquida nas gôndolas dos mercados. No entanto, a presença de grãos de pólen no mel representa a ?impressão digital" do produto, pois é através do estudo da origem botânica dos grãos de pólen no mel que é possível tipificar o produto, até mesmo diferenciando-o ao mercado, aumentando o valor agregado para sua comercialização.
No processo de coleta de néctar nas flores, as abelhas se ?sujam" com pólen proveniente das anteras, pertencentes ao androceu (parte masculina da flor), já que seu corpo, por possuir pêlos, propicia aderência natural de grãos de pólen, que são levados à colméia e depositados involuntariamente nas células dos favos de mel.
Durante a extração do mel, devido à força centrífuga das máquinas extratoras, esses grãos de pólen se misturam ao mel beneficiado, o que produz sua ?impressão digital". O mel beneficiado, apresenta características específicas, que comprovam quais foram as (s) espécie (s) de flor (es) visitada (s) pelas abelhas durante o processo de forrageamento.
Dessa forma, há grande possibilidade de classificar os méis de acordo com sua origem botânica, através do estudo da ?impressão digital" característica de cada espécie de flor, assim como, de regiões diferenciadas. A ciência que realiza essa tarefa é conhecida como MELISSOPALINOLOGIA, que é a parte da Palinologia, que estuda os grãos de pólen em sedimentos de amostras de mel produzidos pelas abelhas sociais.