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- 28 de jul. 25
Turismo em Santa Catarina: o impacto do setor na geração de empregos no estado
Setor representa 7,12% dos empregos formais em SC e é impulsionado por microempresas, especialmente no verão
Santa Catarina tem vocação turística — e isso se reflete diretamente no mercado de trabalho. São mais de 293 mil empregos formais ligados ao turismo, com destaque para os pequenos negócios, que respondem por mais da metade desses postos e por 91,7% das empresas ativas no setor. Esse protagonismo local vai além dos números: ele mostra como o turismo é um motor de desenvolvimento em todas as regiões do estado.
Com crescimento de 52,8% no número de empresas nos últimos cinco anos, o setor vive uma expansão puxada por micro e pequenos empreendedores. Bares, restaurantes, pousadas, agências, locadoras, prestadores de serviço para eventos… cada segmento traz um tipo de oportunidade — e também desafios, como a sazonalidade.
Durante a alta temporada de verão, por exemplo, as contratações disparam. Em fevereiro de 2024, o saldo foi de quase 1.800 novos empregos formais. Já no fim do ano, em novembro, o número subiu para 3.240 — um pico provavelmente ligado à preparação para a temporada seguinte. Mas entre março e abril, o cenário se inverte, com saldos negativos. Esse vai e vem exige preparo, planejamento e estratégias claras para manter a estabilidade dos negócios.
Outro ponto importante: a maioria dos empregos no setor exige apenas ensino médio ou fundamental, o que mostra como o turismo é uma porta de entrada relevante para o mercado formal. Apesar disso, segmentos mais especializados — como turismo náutico e guiamento técnico — pagam salários significativamente mais altos, reforçando a importância da qualificação.
Grande Florianópolis, Foz do Itajaí e o Norte do estado concentram mais de 67% das vagas. Porém, há espaço para inovação em regiões com menor densidade turística, como o Meio-Oeste e a Serra Catarinense, que podem se beneficiar da diversificação e do turismo de experiência.
Mesmo com desafios, o cenário é promissor. Ao formalizar operações, qualificar equipes e buscar diferenciação nos serviços oferecidos, pequenos negócios têm condições reais de crescer e consolidar seu papel como agentes do turismo sustentável e regionalmente distribuído.
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