Está quase na hora!

Faltam 05 minutos para o seu agendamento. Prepare-se!

Ir para Meu Espaço
Carrinho
Seus carrinho está vazio!
;) Escolher produtos
Empreendedorismo
Internacionalização
20 dez. 2023

Como empreendedoras podem internacionalizar seus negócios?

Quebrar barreiras e derrubar crenças são práticas constantes na vida de quem empreende. Dar o pontapé inicial para abrir um negócio pode ser a parte mais difícil da jornada de uma mulher que decide, por desejo ou necessidade, ter a sua própria empresa. Mas dado este passo, com o negócio funcionando e escalando, outro ponto de dúvida ronda a cabeça de muitas empreendedoras: “será que é possível expandir para fora do Brasil”?

Internacionalizar significa ampliar a atuação de uma empresa no mercado internacional, abrangendo desde a importação e exportação de mercadorias, até a produção de bens e serviços em outros países. 

O primeiro passo indiscutível para superar a internacionalização como algo distante para empreendedoras de micro e pequenas empresas é adquirir conhecimento e buscar informações sobre os processos envolvidos. Ao compreender os requisitos, estratégias e recursos necessários para expandir internacionalmente, as empreendedoras devem desenvolver um plano de ação mais concreto para este importante salto.

Analista técnica e gestora do Programa de Internacionalização do Sebrae/SC Go To Market, Aglaes Beatriz Meirelles da Silva explica que identificar os mercados-alvo e buscar parcerias estratégicas, como a do Sebrae, são fundamentais neste processo. “Ter isto em mente facilita a entrada em novos territórios e minimiza os desafios percebidos. Portanto, acesso à informação, pesquisa de potenciais mercados-alvo e a formação de uma rede de apoio são elementos-chave para transformar a internacionalização de um sonho distante em uma realidade acessível”, explica Aglaes.

Nesse contexto, o Programa Go To Market emerge como um catalisador significativo para impulsionar empreendedoras na jornada de internacionalização de seus negócios, adotando uma abordagem abrangente que vai além da mera expansão geográfica, focando desde a adequação e estruturação dos processos, refletindo também em ganho de competitividade no mercado local.

Ao oferecer uma estrutura metodológica sólida, o programa proporciona uma visão sistemática do processo de entrada em novos mercados, ajudando as empreendedoras a superarem desafios e aprimorarem a eficácia estratégica.

“A identificação de mercados-alvo é uma fase crucial para a internacionalização. O Programa Go to Market se destaca ao fornecer análises de mercado aprofundadas, considerando variáveis como demanda, concorrência e fatores culturais. Isso permite que as empreendedoras tomem decisões baseadas em dados, alinhando seus produtos ou serviços às necessidades específicas de cada região. Além disso, o programa desempenha um papel fundamental na capacitação das empreendedoras através de orientação especializada. Com acesso a mentores e consultores experientes em negócios internacionais, as empreendedoras podem se beneficiar de dicas valiosas e experiências práticas”, complementa a gestora do programa.

Fundadora de startup aposta na internacionalização

Um exemplo é a empresária Joice Ruwer Valar, psicóloga e fundadora da Flégui, startup com foco em pessoas. Ela explica que nos Estados Unidos, 80% das empresas aderem a tecnologias para alavancar performance e resultados. Como sua empresa tem como propósito apoiar negócios com métodos e tecnologias que gerem retorno financeiro focando na diminuição da rotatividade e nas transformações no ambiente corporativo, Joice viu no mercado internacional um nicho promissor.

“No Brasil apenas 2% de empresas focam em investir tempo e ferramentas para melhorar resultados por meio de gestão colaborativa e fortalecimento de cultura. Diante dessas e inúmeras outras informações, entendemos que nascemos com a mentalidade de sermos grandes. A internacionalização surgiu após nossa participação como expositores na Feira Internacional de Negócios, patrocinada pelo programa Go To Market do Sebrae. Estabelecemos algumas conversas com o mercado de Portugal e identificamos as mesmas dores em espaços que demandam muita inovação e tecnologia, além de um novo olhar para as pessoas, principalmente pós-pandemia”, destaca ela.

A CEO da Flégui fala ainda sobre o reconhecimento dos desafios impostos a quem decide expandir seu negócio para fora do país. “Estamos iniciando com nossos primeiros clientes em Portugal. Os desafios: muita doação e poucas certezas, dar nosso tempo, nossa criação, gerar valor, fazer a diferença na vida de um parceiro para que ele seja nossa extensão do comercial por lá. Ajustar algumas palavras para a compreensão do idioma local também foi um desafio”, ressalta.

Go To Market impulsiona empreendedoras na internacionalização de seus negócios

No contexto das complexidades regulatórias e culturais, o Programa Go To Market oferece suporte específico para que as empreendedoras compreendam e naveguem pelos desafios da internacionalização. Isso pode incluir a orientação sobre questões legais, conformidade com normas locais e estratégias de comunicação culturalmente sensíveis. 

Também facilita a construção de parcerias estratégicas e networking internacional, conectando empreendedoras a uma rede de contatos valiosos. Essas conexões abrem portas para oportunidades de negócios e proporcionam um ambiente de aprendizado contínuo e compartilhamento de boas práticas.  O programa também conta com um curso de inglês voltado para negócios, com objetivo de trazer mais assertividade nas missões internacionais previstas no projeto, mirando nas principais feiras internacionais do mundo, além de cronograma de visitas técnicas riquíssimas, acompanhadas por consultores especializados. Missões essas que ajudam na prospecção de tendências, networking e potenciais negócios.

“O Programa quebra as barreiras percebidas da internacionalização e capacita empreendedoras, fornecendo ferramentas, conhecimento e suporte personalizado. Ao fazê-lo, torna a internacionalização mais acessível e maximiza as chances de sucesso em um cenário global competitivo”, afirma Aglaes.

Requisitos para internacionalizar um negócio

De acordo com o Sebrae, em Santa Catarina, 35% dos negócios são lideradas por mulheres, o que totaliza 404.659 mil. Neste universo, muitas das empresas que exportam para outros países têm empreendedoras como líderes. Entre as principais atividades estão confecção de peças de vestuário e fabricação de móveis de madeira.

A Tre Fiori Moda Feminina, na qual Katya Floriani é sócia e diretora criativa, é uma dessas empresas. “A internacionalização veio de um desejo de não depender apenas do mercado brasileiro e do insight sobre a possibilidade de vender para fora do país, sobretudo após uma crise vivida entre 2015 e 2016. Como compramos matéria-prima importada paga em dólar, percebemos a necessidade de também vender em dólar. Assim, não ficaríamos tão reféns da oscilação cambial”, comenta Katya.

Segundo Katya, foi a participação no programa que tornou a concretização desse desejo possível. “Participar de todas as palestras e consultorias do Go to Market, entender o que o mercado exige, aprender a fazer uma precificação de produtos, as normas e toda a parte burocrática nos fez evoluir e melhorar em vários aspectos, até porque o mercado internacional exige muito. Entendemos o que precisávamos para sermos vistos e reconhecidos no mercado internacional. Olhamos para fora, mas muito para dentro”, complementa.  

Sócia-proprietária e gerente de produção da Sous Brasil Confecções LTDA, Lucíola Maria Maestri Fachini ressalta que através do Sebrae/SC teve a oportunidade de conhecer histórias de marcas famosas no mundo da moda, o que a fez perceber que internacionalizar não era um “bicho de sete cabeças”. “Exige planejamento, investimento e conhecimento, mas principalmente, vontade de fazer a empresa crescer, expandir”, analisa. 
Dentro desse universo, o que a Katya, Lucíola e outras empreendedoras observaram para viabilizar a internacionalização? Segundo Aglaes, é fundamental investir em uma análise aprofundada do mercado global para identificar oportunidades e demandas específicas. A empreendedora deve antever as tendências e compreender as particularidades dos mercados-alvo, incluindo aspectos culturais, regulatórios e econômicos.

“Também é importantíssimo desenvolver um bom planejamento estratégico internacional de médio e longo prazo e entender sua capacidade produtiva para atender potenciais mercados interessados. A empreendedora deve antecipar a concorrência local e global, identificar lacunas no mercado, entender seu diferencial competitivo e ajustar sua proposta de valor para se destacar em cenários diversos. Isso requer uma mentalidade ágil e a capacidade de aprender e adaptar-se constantemente”, explica.

Investir na construção de uma presença digital sólida também é vital para facilitar a entrada nos mercados internacionais. “Uma presença online bem desenvolvida amplia o alcance e permite que as empreendedoras adaptem suas estratégias de marketing de acordo com as preferências e comportamentos dos consumidores em diferentes regiões, o que facilita e estabelece as bases para um crescimento sustentável em escala global”, finaliza Aglaes.

Missão Internacional promovida pelo Sebrae Delas marca presença no Web Summit Lisboa 2023

Com o objetivo de capacitar e ampliar os horizontes de empreendedoras para novas possibilidades de negócio, o Sebrae Delas Mulher de Negócios Santa Catarina promoveu, no mês de novembro, em Portugal, em parceria com a Câmara de Comércio da Região das Beiras, uma série de ações como visitas técnicas, mentorias e networking de empreendedorismo para mulheres. Ao todo, 10 empreendedoras catarinenses marcaram presença na missão internacional para o Web Summit Lisboa 2023.

“Os conteúdos estavam de primeira. Inteligência Artificial foi o assunto principal. Mas falou-se muito sobre influenciadores, engajamento, redes sociais, presença digital, sustentabilidade e pessoas! Foram abordados temas como networking entre mulheres, empoderamento e dinheiro, diversidade e inclusão, paixão pelos negócios, diferenciação, segmentação de negócios, habilidades pessoais, entre outros”, diz Marina Barbieri, coordenadora do Sebrae Delas Mulher de Negócios Santa Catarina.

Sônia Giaretta, da empresa Minha Vida Magnólia, foi uma das catarinenses que estiveram no evento, e destacou a grandiosidade do aprendizado proporcionado pela missão. “A melhor parte foi encontrar os profissionais certos no momento certo, apresentando produtos/serviços que proporcionaram uma visão única sobre como introduzir novidades no meu negócio”.

Carla Lobato, do CNL Sororidade, núcleo estruturado de networking para mulheres, contou que saiu do primeiro dia de evento com a certeza da importância das empresárias no sistema do empreendedorismo mundial. “Além disso, mulheres brasileiras fizeram a diferença nesse Web Summit Lisboa 2023”, finaliza. 

Se inspirou nesses exemplos? Para não perder nenhuma ação do Sebrae Delas, acesse nosso portal e assina nossa newsletter.

Deseja deixar um comentário, ou perguntar algo para o Sebrae? Você precisa estar logado para comentar ou perguntar! Cadastre-se ou acesse sua conta!