Observatório
- Indústria
- 15 de set. 11
Argentina: análise macro ambiental
O mercado argentino e seus aspectos macro-ambientais
A economia argentina, assim como todas as economias latino-americanas, é volátil, oscilando entre períodos de crise e períodos de recuperação. No momento atual, a economia do país está em recuperação, devido às duas crises que assolaram o mercado nos anos de 2002 (quando ocorreu a mudança da conversibilidade do peso em relação ao dólar norte americano) e em 2008 (quando ocorreu a crise financeira mundial, desencadeada na economia norte americana).
Atualmente, a Argentina está em recuperação, o que eleva os seus níveis de produção, representado pelo aumento constante do PIB, acima, inclusive, da média brasileira. Tal fato pode ser considerado um fator positivo para as empresas brasileiras que operam com produtos de base produtiva, como é o caso de máquinas e equipamentos.
A economia em crescimento (PIB) significa produção maior e a necessidade de investimentos constantes para atender o consequente aumento da demanda interna. Todavia, alguns aspectos negativos também são percebidos na economia argentina, como o aumento da inflação, as políticas protecionistas, onde há o direcionamento para a substituição das importações (na contramão do livre comércio) e, ainda, a possível capacidade ociosa da indústria argentina, que pode compensar o aquecimento do mercado interno para reduzir esta ociosidade.
Entretanto, ao se analisar o conjunto prioritário de produtos importados pela Argentina, o grupo máquinas e equipamentos figura entre os cinco principais produtos importados, o que significa que há necessidade de suprir a demanda interna com produtos importados. Neste aspecto, o Brasil se beneficia por ser um dos principais parceiros comerciais da Argentina, possivelmente pela proximidade geográfica e cultural, que favorece estas relações, mas, principalmente, pelos acordos comerciais preexistentes, como o MERCOSUL e a ALADI, que favorecem as reduções de tarifas de importação intra-bloco. Diante destes aspectos macro-ambientais, pode-se considerar o mercado argentino como um mercado atrativo para as exportações brasileiras de máquinas e equipamentos. Cumpre agora analisar o mercado setorial alvo para que se possa concluir efetivamente esta atratividade - ou não.
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